Ecoturismo não pode ser ecodestruição



Com o aumento da conscientização com o meio ambiente, a importância da preservação ambiental, da biodiversidade e do desenvolvimento sustentável, as pessoas estão desenvolvendo um sentimento de cumplicidade com o nosso planeta. Nessa "onda" de conscientização, o ecoturismo tornou-se um fenômeno de sucesso, muito valioso para o ser humano e para o planeta. Sua principal utilidade é de reforçar a consciência ambiental da pessoas: quanto mais contatos as pessoas tiverem com o meio ambiente seja na terra ou mar, menor será o sentimento de indiferença às grandes destruições que o homem vem promovendo ao longo da história. Por ser bastante atrativo, o ecoturismo conseguiu seguidores fiéis em todo o mundo, o que ajuda, não só na conscientização mas, também, na fiscalização das reservas, parques e regiões onde o homem não deveria interferir com a natureza. Apesar disso, devido ao grande número de ecoturistas, tanto no Brasil como no resto do mundo, algumas distorções já podem ser observadas, no que diz respeito às características básicas da proposta do próprio ecoturismo, a principal e mais danosa é que, além de invadir áreas que não deveriam ser destinadas a esse tipo de atividade, o grande número de turistas acaba ajudando a destruir ou danificar áreas que deveriam ser mantidas como santuários naturais. Por ser um país privilegiado com recursos naturais, grandes florestas, matas, e a maior biodiversidade do planeta, o Brasil é alvo da preocupação de ambientalistas de todo o mundo que, com toda a razão, defendem a manutenção da integridade natural brasileira. Apesar disso, por uma grande falta de informação, outros países julgam que os esforços feitos por ambientalistas brasileiros e até mesmo pelo Governo Federal, não são eficientes e que não estão surtindo nenhum efeito positivo. É claro que muito ainda precisa ser feito mas existem grupos brasileiros de proteção ambiental que desenvolvem atividades de imenso valor para a preservação, grupos que já conseguiram resultados impressionantes, como o Projeto Tamar e o S.O.S Mata Atlântica, por exemplo. O IBAMA, órgão do Governo Federal que atua na proteção e fiscalização do meio ambiente, apesar de suas restrições, principalmente orçamentárias, atua de maneira decisiva no combate aos crimes contra o meio ambiente e na regulamentação das atividades que possam por em risco a natureza. Com toda essa "vigilância" ambiental, ainda é muito grande a extensão da devastação da natureza no Brasil, apesar dos resultados obtidos mostrarem uma redução no rítimo desta destruição. O que gostaríamos de ressaltar é que, nesse amplo contexto de preservação ambiental, o ecoturismo é de grande importância, mas deve ser feito com coerência, responsabilidade e sem que haja desrespeito ao meio ambiente. O problema é que em muitos casos, esse tipo de atividade é explorada por empresários que apenas visam lucro e que pouco fazem para conservar a região explorada, permitindo que os turistas acabam interfiram com o meio ambiente que vieram apreciar e que gostariam de ver sempre preservado. Desta forma, é muito importante que as pessoas, ao se aventurarem em uma viagem de turismo ecológico, fiquem atentos se os organizadores estão tomando medidas para evitar a interferência ou permitam que os turistas façam algum tipo de mal como destruir vegetação, sujar as matas ou até levar animais silvestres como "recordação". O turismo ecológico é acima de tudo um turismo cultural, de conscientização. Se esse tipo de desrespeito ambiental estiver acontecendo, as pessoas devem comunicar à polícia e ao IBAMA, para que as providências cabíveis sejam tomadas. Não devemos permitir que atividades voltadas para o ecoturismo, ao contrário do que deveria ser, ajudem a destruir o meio ambiente.

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